Inicialmente uma região habitada por índios, foi a iniciativa de duas famílias portuguesas, os Dias Adorno e os Rodrigues Martins, que possibilitou sua elevação a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário em 1674. Devido à sua localização estratégica, um entroncamento de importantes rotas que se dirigiam ao sertão, ao recôncavo, às minas gerais ou a Salvador, então capital da colônia, logo passou a se enriquecer e, em 1698, tornou-se Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu - o nome se dá por se situar próxima às quedas d'água presentes na cabeceira do Rio Paraguaçu. O desenvolvimento do cultivo de cana-de-açúcar, da mineração de ouro no Rio das Contas e a intensificação do tráfico pelas estradas reais e da navegação do Rio Paraguaçu colaboraram para o rápido desenvolvimento econômico da região a partir do século XVIII. Já em inícios de 1800, a sociedade cachoeirana detém grande influência política e participa ativamente das guerras pela Independência da Bahia, em 1821, constituindo a Junta de Defesa. A vila foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1873 (Lei Provincial n° 43). Cachoeira é considerada Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN). Cachoeira também é a 2ª capital da Bahia, por lei (Lei Estadual n.º 10.695/07). Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, num reconhecimento histórico, pelos feitos da cidade ao Brasil.



Convento de Santo Antonio do Paraguaçu
No Ultimo sabado(29/01) completou 313 anos de fundação da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Foi em 29 de janeiro de 1698 que o Desembargador Estevão Ferraz de Campos - enviado pelo Rei de Portugal, D. Pedro II, especialmente para o ato - presidiu a solenidade de instalação da vila. Era o reconhecimento pela Coroa Portuguesa de que o povoado encravado no Vale do Rio Paraguaçu se constituía num dos principais centros econômicos da Bahia, com seus engenhos produzindo açúcar, uma das principais riquezas do Brasil Colonial. Cachoeira já era uma freguesia desde 18 de fevereiro de 1674, durante o período em que o Bispo Dom João Franco, governava a Diocese do Brasil, cuja sede era em Salvador.
 |
Cachoeira e sua paisagem colonial, em desenho de Tom Maia |
Na época da criação da vila governava a Bahia D. João de Lencastre, a quem coube a missão de acolher o desembargador, enviado pelo Rei de Portugal D. Pedro II.
 |
O 24º Rei de Portugal, D. Pedro II, criou a Vila de Cachoeira |
Este blog homenageia Cachoeira nessa data histórica reproduzindo a ata de instalação da vila. O documento "Termo de Criação da Vila da Cachoeira, por ordem de El Rey" foi publicado primeiramente por Inácio Acioli, em Memórias Históricas e Políticas da Bahia, anotadas por Braz do Amaral. Esta cópia encontra-se no Livro da Câmara de Cachoeira, página 3, verso, e foi autenticada pelo Secretário da Prefeitura de Cachoeira, Antonio Lopes de Carvalho Sobrinho, a 29 de abril de 1891. Também foi publicada por Antonio Loureiro de Souza em Notícia Histórica da Cachoeira (edição da UFBA, 1972)
vapordecachoeira/wip/Artivo Ativa Recôncavo
0 comentários:
Postar um comentário